Bancos vão aceitar concorrência das fintechs e adotar suas boas práticas?
As fintechs, empresas de tecnologia em serviços financeiros avançam nas áreas de atuação dos bancos convencionais e seguidas pesquisas mostram que seus clientes têm um índice de satisfação de quase o dobro dos clientes dos bancos tradicionais.
Estas empresas oferecem meios de pagamentos, recebimentos e apresentam tarifas reduzidas, ou muitas vezes tarifa zero. Elas buscam o cliente pelo bolso. Afinal, por que você vai pagar ao banco o mesmo serviço que em uma fintech tem sem custo algum?
Isso é ótimo e os dados confirmam o sucesso quando dizem que o volume de crédito concedido pelas fintechs está aumentando 300% ao ano.
Ótimo! Quem ganha é o consumidor, o cliente bancário.
Infelizmente não é bem assim. Decorrente do depósito inicial que deve ser feito no Banco Central, muitas fintechs estão se estruturando não realmente como fintechs, mas como correspondentes bancários.
Aliás, seria muita ingenuidade imaginar que os bancos tradicionais não iriam investir pesado neste segmento. Há diversos bancos tradicionais abrindo suas próprias fintechs ou por trás de tantas outras como fornecedores de lastro, de suporte financeiro.
Esse movimento é positivo, na medida em que os bancos tradicionais têm base econômica muito sólida e podem se beneficiar de algumas práticas boas das fintechs e, na mesma medida, beneficiar seus clientes.
A questão que se coloca é: quem vai influenciar quem. Se os rumos adotados pelos bancos tradicionais é no sentido de que se não podemos vencer, vamos nos unir às fintechs, a esperança que devemos ter como clientes (como consumidores) é que as boas práticas das fintechs sejam levadas aos bancos tradicionais. Uma "corrente do bem".
Um exemplo desta corrente do bem é quando uma fintech busca dinheiro em um banco para suas operações e, como tem uma situação financeira sólida, obtém taxas de juros menores e repassa estas taxas ao consumidor final. Dessa forma, consegue reduzir os juros no mercado e concorre diretamente com os bancos tradicionais.
São diversos fundos de investimento que apostam em um trabalho mais eficiente das fintechs, com redução de custos e transferência destas vantagens aos clientes, o que aumenta a margem de lucro e consequentemente a base de concessão do crédito também cresce.
A esperança de todos nós é que os bancos tradicionais enfrentem a concorrência pelo mesmo caminho. E não associando-se às fintechs para quebrar esta corrente que parece ser o "ganha-ganha bancos/consumidores".
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